(Para ampliar as fotos basta clicar sobre elas)
É IMPORTANTE SABER...
É IMPORTANTE SABER...
Esse projeto não foi planejado como está. A ideia original era aproveitar uma tábua de MDF de 114,5 cm x 62 cm x 6 mm que estava num canto do meu ateliê para desenvolver sobre ela alguns tutoriais que eu tinha em mente. Só que quando comecei a fazer os primeiros riscos assisti pela TV um episódio da série “A América vista de cima“ que mostrava as Montanhas Rochosas... Fiquei encantado com o que vi. A ideia inicial virou pó e mudei tudo refazendo meu projeto para que eu reproduzisse um pedacinho da região mostrada no episódio citado.
Inicialmente fiz muitas pesquisas na internet,
selecionando fotos das montanhas Rochosas que mostrassem rios, cascatas, lagos,
vegetação, animais, as quais foram devidamente arquivadas para consultas.
Tenho um processo que pode parecer estranho mas que executo
sempre que tenho um novo projeto. Após arquivar dezenas de fotos da região que
me interessa volto várias vezes ao arquivo e olho demoradamente cada uma delas,
observando detalhes de cores, texturas, margens de rios, formatos das cascatas,
tipos de pedras, etc., etc.
Acredito eu que crio em mim um arquivo subjetivo de
informações que vão aflorar quando eu estiver executando o projeto...
PRIMEIROS PASSOS
O primeiro passo foi desenhar sobre a tábua as linhas
principais do projeto a ser desenvolvido.
Risquei o trajeto da ferrovia e depois fixei os trilhos sobre os riscos,
colocando a ponte em seu lugar para ver como ela ficaria no conjunto. Risquei com um lápis o trajeto do rio, que depois acabaria sendo alterado. O desenho
que parece uma escadinha marca o ponto da cascata. A parte branca é vestígio do
meu tutorial “Como fazer asfalto em maquetes”...
Com um lápis de carpinteiro marquei bem o trajeto da
ferrovia, uma vez que os riscos me serviriam de guia para fazer o elevado de
madeira que daria a altura definitiva dos trilhos quando o Isopor estivesse fixado no fundo da caixa.
Na foto seguinte mostro como a caixa foi montada, inclusive como a base de madeira que deixaria os trilhos no nível do Isopor.
Testei o espaço destinado à ponte uma vez que depois do Isopor colocado não haveria a possibilidade de fazer alterações.
Na etapa seguinte, utilizando Isopor de alta densidade, fiz
a camada básica do cenário, efetuando no Isopor o corte para o trajeto do rio indicando onde ficariam as duas pequenas
quedas de água. Nessa altura eu desisti da ideia de o rio atravessar todo o
cenário, optando por fazer com que ele passasse pela cascata principal. Isso
simplificaria o processo melhorando a distribuição dos elementos da paisagem.
Na imagem abaixo é possível ver onde acrescentei o Isopor
após a ponte no sentido da correnteza do rio. Observem que já vou definindo o formato dos barrancos,
efetuando cortes com um cortador de Isopor.
Na sequência fixei a cortiça que serviria de base para os trilhos e para o lastro utilizando uma grampeadeira. Sempre faço isso porque se houver necessidade de mudar o traçado, basta retirar os grampos e reaproveitamos a cortiça, mesmo que ela já esteja com o lastro e com os trilhos colados (1 – Veja no final do texto link onde ensino a efetuar consertos sem perder o material aplicado).
Costumo nivelar bem a cortiça lixando-a suavemente para aparar toda e qualquer saliência. Isso facilita a aplicação dos trilhos.
Depois de lixar a cortiça fiz a fixação das placas de resina que imitam pedras. Elas foram levemente aquecidas com um soprador térmico para permitir uma curvatura suave, ajustando-as ao local onde seria fixadas.. Atrás das placas, entre os pilares de madeira, inseri pedaços de Isopor para servirem de sustentação às placas de resina, que foram devidamente coladas no local.
Na foto abaixo dá para perceber bem as mudanças que fiz no
traçado original do percurso do rio. Eliminei o trecho em que ele vinha da
esquerda e recuei a cascata um pouco mais para esse mesmo lado. Essa mudança
deu uma continuidade melhor à paisagem.
No trecho da ferrovia que ficaria sob o túnel, fiz a fixação
dos trilhos uma vez que depois de o túnel estar colado em seu lugar não seria
possível fazer o lastro. Observem que no final dos trilhos já pintei de preto a
parede da caixa.
Adicionei novas camadas de isopor à esquerda do túnel.
Preparei o túnel em curva, conforme a foto acima. Depois de
colado e seco, apliquei cola PVA sem diluição à parte interna e espalhei sobre a
cola um produto chamado “Vermiculita”, que é uma pedra expandida usada em
construções para isolamento térmico. Ela também é utilizada por floriculturas
em vasos de flores.
Depois que a cola secou eliminei o excesso de vermiculita e
fiz uma pintura inicial com aerógrafo, escurecendo levemente as pedras, deixando-as
com uma cor bem próxima da tonalidade dominante de todas as pedras que iriam
ser utilizadas no projeto.
Na fixação do isopor utilizo cola PVA (Durafloor) para assoalho, que é uma cola solúvel em água mas depois de seca é extremamente resistente à umidade.
Uma ferramenta indispensável é o cortador de isopor, para seccionar os pedaços de acordo com o perfil da paisagem e para dar o formato
inicial com a eliminação das arestas.
Na foto seguinte todo o conjunto já recebeu a atadura gessada. Posteriormente fiz pequenas alterações no relevo, mas não foram significativas.
Outra foto num ângulo um pouco mais dramático...
PEDRAS E MAIS PEDRAS...
Todas as pedras utilizadas neste projeto e que apareceram
inteiras ou fragmentadas nas fotos seguintes foram feitas com os moldes da
Woodland. Como o volume de pedra era grande, desde o início do projeto preenchi
com gesso duas ou três formas por dia. Isso daria tempo suficiente para que
elas ficassem bem secas quando chegasse o momento de utilizá-las.
Costumo fazer a fixação das pedras utilizando o seguinte
método: deixo as pedras alguns segundos na água para que fiquem bem umedecidas,
aplico uma porção de massa acrílica na sua parte posterior e fixo a pedra no
lugar. Pequenas sobras da massa acrílica devem ser retiradas com muito cuidado
porque se elas se fixarem sobre a pedra, neste local ela não absorverá a
pintura, ficando pequenas manchas.
Esta é a visão do lado voltado para a cascata.
Nesta foto mostro a parte que ficou sob a cascata. Coloquei
pedras pequenas porque sobre ela aplicaria musgos, que é a vegetação que brota
onde as águas escorrem.
Nesta etapa todas as pedras já foram colocadas. Com um
pincel preenchi com gesso todos os espaços entre elas. Além disso, com gesso
mole, fiz pequenos volumes sobre os níveis planos, para criar saliências que
seriam mais adequadas à paisagem.
PINTURA DAS PEDRAS
Terminada a parte básica da paisagem o passo seguinte foi
pintar as pedras. A técnica que utilizo é a adotada pela Woodland Scenics,
chamada “leopardo”. As cores que
utilizei foram a preta, com diluição de 32/1 (água/pigmento) e 16/1, Yellow
Ocher 1/16 e Stone Gray 1/16
A cor dominante escolhida foi a preta, diluída em 1/32 (água/pigmento).
Apliquei pequenas manchas com essa cor em todas as pedras. Depois fiz manchas
menores com o Yellow Ocrer e, finalmente outras manchas bem suaves com a cor
Stone Gray. Passei novamente a cor preta 1/32 em todas as pedras. Tendo secado
a tinta selei tudo com Matte Medium. Quando o Matte Medium secou apliquei uma
camada de Black diluída na proporção 1/16 para ressaltar as fissuras. Finalmente
reapliquei o Matte Medium para terminar a pintura. O resultado é o que pode ser
visto nas fotos seguintes.
E na foto seguinte uma visão panorâmica com a pintura de todas as pedras.
FAZENDA A PINTURA BÁSICA DO PAISAGISMO
Tenho por costume, a partir desta etapa dos meus trabalhos,
pintar toda a atadura gessada com a tinta “Green Undercoat”, da Woodland Scenics (ref.
C 1228) diluindo-a na proporção 1/16. Ela vai servir como base para todo o paisagismo que será feito na
continuidade. Veja como ficou.
Nesta etapa preparei a base do rio aplicando com um pincel
diversas camadas de massa acrílica.
ATENÇÃO! Esta providência é necessária porque independentemente da pintura de fundo, como a base é feita com Isopor, se houver qualquer furo na massa acrílica a resina cristal irá fluir por ele e diluir o Isopor, destruindo toda a base.
ATENÇÃO! Esta providência é necessária porque independentemente da pintura de fundo, como a base é feita com Isopor, se houver qualquer furo na massa acrílica a resina cristal irá fluir por ele e diluir o Isopor, destruindo toda a base.
Na sequência passei cola PVA diluída (3/1 cola/água) em cima
da atadura gessada pintada de verde e apliquei sobre a cola o “Blended Turf “ da Woodland
Scenics (ref T1349). O resultado é o que se vê na foto seguinte.
Na foto abaixo deixei marcado o local onde vai correr um
pouco de água de uma nascente ao lado do túnel.
A pintura que fará a base da cascata e do rio também foi
executada nesta etapa.
O muro de arrimo feito de “pedras” também recebeu o
acabamento final.
Abaixo podemos notar que toda a base do rio abaixo da
cascata recebeu a pintura com tinta acrílica. A pintura mais escura é para
simular profundidade na água.
O túnel recebeu os últimos retoques na parte interna.
Comecei a colocar as pequenas pedras na paisagem. Novamente
utilizei produtos da Woodland Scenics
(Talus) referências C1278, C1279, C 1280 e C1281, na cor cinza porque
elas são da mesma cor que as pedras maiores dos paredões e dos barrancos. Como essas pequenas pedras representam
aquelas que se soltam das pedras maiores por ação da natureza, ambas têm que
ter a mesma cor.
Primeiro espalho um pouco de cola PVA sem diluição e, sobre
ela, com uma colherinha, coloco pequenas porções de pedras pequenas, médias e
grandes.
A base da cascata recebeu pedras maiores; nas margens do rio
misturei os três tipos de pedras, dispondo-as como se tivessem sido arrastadas
pela correnteza.
Observem como fiz uma parede de pedras na pequena cachoeira.
Isto permitiu dar movimento à água na etapa seguinte do paisagismo. Neste local
as águas ficariam “agitadas”.
Para simular os galhos secos arrastados pelo rio utilizei o
produto “Dead Fall” (S30) da Woodland. As três fotos seguintes
mostram onde foram adicionados à paisagem.
A cascata recebeu uma cobertura de musgo (lichen) da Woodland (L162).
Com um pincel apliquei cola PVA sem diluição sobre as
pedras. Colei os tufos de musgo e, depois que tudo secou, recortei os excessos
com uma tesoura. Borrifei o musgo com Matte Medium e joguei sobre ele o "Blended turf" (green blend T49).
Nesta etapa adicionei mais pedras ao fundo do rio, dando preferência
às margens.
Cachoeira: como
fazer, eis a questão!
Não vou mentir, tanto em meu projeto anterior “O Vale da
Ponte dos Arcos” quanto neste a minha maior dificuldade foi fazer uma cascata
que se parecesse com uma cascata real. Foram diversas tentativas até que obtive um
resultado que me deixou razoavelmente satisfeito. Esclareço que a cascata que é
feita com “Water effects” da Woodland
(C1212) recebe posteriormente diversas camadas do mesmo produto, mas aí
o “water effects” recebe algumas gotas
de pigmento branco da mesma Woodland (C1216).
Veja no final do
texto como fiz a cascata (3)
Na foto a seguir faço a aplicação da cascata em seu lugar,
utilizando como cola o próprio “water effects”, pressionando-a com um pinça.
Veja com a cascata ficou, já fixada em seu lugar. Ao lado
dela, fiz uma outra mais estreita, uma vez que no alto do rio as águas se
dividem em duas correntes. Observem como a lâmina básica de água ainda está bem
diferente do resultado final.
A partir desta etapa comecei a colocar a resina cristal
fina, levemente colorida com pigmento azul. Foram 5 camadas de resina cristal e
a última camada com “Realistic Water” (Woodland
c1211).
IMPORTANTE!
Alguns detalhes importantes devem ser lembrados: apliquei camadas bem finas de resina para evitar que a reação química criasse ondulações indesejáveis. A resina cristal sem parafina líquida fica bastante pegajosa, por isso, e por uma questão de economia, utilizei o produto da Woodland apenas para fazer a cobertura final, uma vez que a “Realistic water” faz sua secagem sem a necessidade de um catalisador.
Alguns detalhes importantes devem ser lembrados: apliquei camadas bem finas de resina para evitar que a reação química criasse ondulações indesejáveis. A resina cristal sem parafina líquida fica bastante pegajosa, por isso, e por uma questão de economia, utilizei o produto da Woodland apenas para fazer a cobertura final, uma vez que a “Realistic water” faz sua secagem sem a necessidade de um catalisador.
Gostaria que observassem na foto abaixo o reflexo verde no
lado esquerdo da água. Foi uma ideia que tive numa noite de insônia, onde me
ocorreu que se eu passasse uma camada bem fina de resina cristal levemente
colorida de verde na margem do rio, daria a quem olhasse a impressão de reflexo
da vegetação. Deu certo!
Quando secou totalmente a camada de resina “Realistic Water”
comecei a adicionar à paisagem pequenos
tufos de capim da Mininatur (MN72731 e MN72732), e da Busch (BH1308).
Iniciei a fixação das árvores na parte do meio da maquete
(Heiki 2042, 2044 e 2049). Sobre os barrancos, após passar cola PVA com
pincel, coloquei “Foliage" (Woodland F51),
Na sequência fui colocando árvores do lado esquerdo e acima
da cascata.
Mostro em detalhes como faço o adensamento da vegetação,
acrescentando galhos (Woodland - Dead
Fall – S30), “Foliage light green” (Woodland - F51). Para fazer a variação em
degradé da “foliage” depois que ele foi fixada à pedra, passo novamente cola no
meio dela e através da técnica “flyspecking”
adiciono “Fine turf green grass” sobre ela (Woodland T45). O visual fica
bem interessante.
Enquanto fixava as árvores ao cenário aproveitei para
melhorar o visual da cascata, aplicando “Water effects” para dar movimento à
agua. Observem que adicionei vegetação ao lado das duas quedas de água e
diversas pedras no rio acima da cascata. Do lado esquerdo, subindo pelas
pedras, adicionei ramas de trepadeira (Silflor – Mininatur 930-21- Maple
ffoliage spring).
Defronte a cascata inseri diversas árvores, cuidando para
equilibrar o visual com bastante vegetação rasteira.
Na foto acima é bem fácil observar que as pedras estão muito
brancas, sem preenchimento vegetal. Isto foi resolvido agregando a elas
diversos tipos de vegetação, como pode ser verificado na foto abaixo.
O lado esquerdo da cascata também recebeu mais vegetação,
com moitas, tufos e pequenas árvores.
Os dois lados do curso mais estreito da cascata também
receberam pequenos tufos de vegetação, constituído de “Lichen spring green” (Woodland – L161), pequenos
galhos de “Fine-leaf foliage” médium
green F1131, light green F1132 e olive green F1133 (Woodland); foram colocados
também tufos de capim da Mininatur “summer green tone pririe tufts”, além de
pedaços de “Forest thicket” BH 1308 (Busch). Para complementar coloquei também
várias moitas de “Summer green tone Prairie tufts” – MN 72732 (Mininatur).
Para obter a umidade sobre as folhas e as pedras, com um
pincel passei várias camadas de “realistic water – C1211 (Woodland).
Nesta etapa adicionei mais camadas de “Water effects” sobre
a cascata C1212 (Woodland). Com o mesmo material trabalhei a base da cascata
adicionando movimento à água.
Ainda com o uso de “Water effects” apliquei movimento à água
nas duas pequenas cachoeiras e no remanso que se forma na base delas. Moitas de
capim e alguns galhos secos complementaram a paisagem.
Para fazer o adensamento da vegetação sobre a entrada do
túnel acrescentei pequenas moitas de “Fine-leaf foliage, Foliage-F52, e
pequenos pinheiros da Heiki - 2059.
Nas margens do rio inseri pequenos pinheiros e moitas de
“Fine-leaf foliage”.
Do lado direito do túnel também adensei a vegetação
acrescentando novas árvores. Sob uma grande árvore da Heiki – 1345, uma fêmea
de cervo amamenta o filhote, enquanto outro, um pouco maior, fica pastando.
É comum, nessas florestas, o aparecimento de muito material
orgânico que vai se acumulando pelo chão. Para obter esse efeito utilizei o
produto “Flock & turf – Green adirondack blend EX897C e dead fall forest
debris EX896C (Scenic Express).
Experimentei um produto que ainda não havia usado em minhas
maquetes, o “Super turf” da Scenic EX860B, com o qual fiz a árvore verde claro
à esquerda da foto abaixo.
Nesta altura do projeto resolvi terminar a pintura da ponte
e fixá-la em seu lugar. As três fotos abaixo mostram esse trabalho.
Na primeira foto estou fazendo a pintura base. Usei o
“Primer universal cinza/gris” 00018, da
Sherwin Williams, devidamente diluído.
Na sequência, usando um pincel macio, pintei as tábuas que
servem de passarela ao lado dos trilhos. Usei tinta acrílica da Corfix – 113
vermelho óxido, bem diluído.
Era a hora de fixar a ponte em seu lugar, só assim seria
possível assentar os trilhos, colocar o lastro e fazer o acabamento final da ponte.
Fiz a fixação dos trilhos usando preguinhos e um ponteiro
para evitar que o martelo atingisse os trilhos.
O passo seguinte foi a aplicação do lastro, que faço com
equipamento apropriado por ser mais rápido e por dar um resultado melhor.
Sempre deixo o lastro bem encharcado de água com algumas
gotas de detergente, para facilitar a penetração da cola.
E finalmente a cola, que é aplicada três vezes para dar boa
resistência mecânica, uma vez que posteriormente eu retiro os preguinhos dos
dormentes. Uso cola branca PVA, diluída a 50%.
Com os trilhos assentados e com o lastro seco dei o
acabamento final à ponte. Para dar os tons de ferrugem nas conexões metálicas
usei o mesmo vermelho óxido citado acima, acentuando a oxidação das ferragens
que se ligam à base da ponte.
Na foto abaixo uma outra visão da ponte.
ETAPA FINAL DO PROJETO
Na foto abaixo mostro o trabalho de colocar pequenos
arbustos na base das pedras. Para isso usei pedaços de “clump-foliage” FC682, e de “Underbrusch” FC135, (Woodland).
Depois acrescentei “Super turf” da Scenic EX860B, e pequenos galhos de
“Fine-leaf foliage”, médium green f1131 e light green f1132. Sobre toda a vegetação borrifei Matte
Medium.
Nesta etapa, com a parte da frente do projeto com toda a
vegetação em seu lugar, inseri a camada orgânica que se espalha pelo chão da
floresta. Usei “Dead fall
forest debris" EX896C e "Green adirondack blend" EX897C, ambas da Scenic Express.
A fixação permanente foi feita com Matte Medium.
Para dar maior realismo pintei o arco superior do túnel com
um esfumado de tinta preta.
Na sequência acrescentei novos elementos às margens dos
rios: galhos secos, moitas de capim, “Fine-leaf foliage” na beira do barranco
de pedras e, usando “Water effects” aprimorei o movimento das águas na pequena
cachoeira. A espuma foi obtida acrescentando algumas gotas de pigmento branco da
Woodland (C1216) ao “Water effects”, que foi aplicado com a ponta de um pincel
de cerdas duras.
Na foto seguinte mostro como componho a vegetação mais
baixa, aquela constituída de pequenos arbustos, gramíneas e moitas de capim.
Outros pontos do rio também receberam galhos secos e extensa
vegetação flutuante, que foi colada sobre a resina com Cianocrilato.
Os animais não foram esquecidos. Usei um kit da Woodland Scenics (1884).
Na foto a seguir dá para ver melhor em que lugar foram
colocados os servos.
A
parte superior do rio, acima da cascata, recebeu as camadas finais de resina
cristal fina, levemente colorida de azul. Após a secagem da resina cristal,
selei todo o conjunto com a resina “Realistic Water”, da Woodland.
CONSIDERAÇÕES FINAIS:
Algumas das técnicas apresentadas neste projeto foram
desenvolvidas e testadas em projetos anteriores. Na sequência listo as técnicas
e o link onde elas podem ser encontradas.
1 – Com retirar trilhos e desvios sem danificá-los: http://www.tutoriaisdeferreomodelismo.blogspot.com.br/2013/08/como-tirar-trilhos-e-desvios-sem.html
2 – Como aplicar “atadura gessada”: http://www.tutoriaisdeferreomodelismo.blogspot.com.br/2014_05_01_archive.html
3 – Como fazer uma cascata: http://www.tutoriaisdeferreomodelismo.blogspot.com.br/2013/12/projeto-vale-da-ponte-dos-arcos.html
Qualquer dúvida, sugestões, informações, troca de
experiências, podem deixar mensagem nesta página.
Outras observações:
Iniciei este projeto no dia 3 de maio de 2014 e o concluí no dia 12 de outubro de 2014.
Foram meses de muita dedicação, muito esforço, muitos acertos e muitos erros. Mas o mais importante é que eu sabia exatamente onde queria chegar.
Mesmo que todo o projeto estivesse pronto em minha cabeça, diversas vezes minhas mãos não conseguiam acompanhar o que me cérebro exigia. Então desmanchava tudo e recomeçava, até que minhas mãos e meu cérebro entrassem em acordo sobre o nível do trabalho.
Com essa postagem dou todo o trabalho por concluído. Espero que ele sirva de incentivo e inspiração para todos aqueles que fazem do ferromodelismo mais do que um hobby, uma forma de viver a vida com muita alegria, amizade e satisfação.
Um grande abraço a todos!